O Portão da nossa terra Natal
Não há quem tenha crido em Deus e no reino de Deus, não há quem tenha ouvido falar do reino do ressuscitado que não sinta, a partir daí, imensa saudade do lar, a espera jubilosa pela libertação da existência corporal.
Se somos jovens ou velhos, pouco importa. O que são vinte ou trinta anos aos olhos de Deus? E qual de nós sabe quão perto se possa estar do alvo? A vida só começa realmente quando termina aqui na terra, tudo que está aqui é somente o prelúdio antes de a cortina se fechar - medo de pensar na morte? A morte só é assustadora para quem vive assustado e com medo dela. A morte não é selvagem e terrível, desde que nos mantenhamos calmos e nos agarremos à Palavra de Deus. A morte não é amarga, caso não nos tornemos amargos. A morte é graça, a maior dádiva da graça que Deus presenteia às pessoas que creem nele. A morte é suave, a morte é doce e branda; a morte nos acena com poder celestial, desde que percebamos que ela é o portão de nossa terra natal, o tabernáculo da alegria, o reino eterno da paz.
Como sabemos que morrer é algo tão terrível? Quem sabe se, em nosso medo e angústia humana, estamos apenas estremecendo diante do acontecimento mais glorioso, celestial e abençoado do mundo?
Se a nossa fé não a transformar, a morte é o inferno, é a noite e o frio. Mas justamente isto que é maravilhoso, o fato de podermos transformar a morte.