Mais de 3 bilhões de pessoas ainda não ouviram falar de Jesus
Neste domingo (28) é o Dia Internacional dos Povos. Enquanto a população global atinge , um terço do mundo ainda continua sem acesso ao Evangelho.
De acordo com o Joshua Project, uma organização cristã que realiza estudos sobre os não alcançados, 3,39 bilhões de pessoas não conhecem Jesus, o número representa 42,5% da população mundial.
Hoje, há 17.443 grupos de pessoas sem acesso ao Evangelho pelo mundo. No Brasil, há 49 grupos não alcançados.
O que são Povos Não Alcançados?
Em geral, as organizações missionaris definem nações e comunidades como "povos não alcançados" quando menos de 2% da população é cristã e não há Bíblia disponível no idioma local.
De acordo com Marv Newell, missiologista da Missio Nexus, o que torna um grupo de pessoas "não alcançado" é o critério dos "três nãos". "Estamos falando de lugares onde não há igrejas, nem Bíblia e nem crentes", pontua.
Os "três nãos" pelas quais alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados são:
1. São difíceis de encontrar: Os evangélicos podem negligenciar esses grupos porque eles estão inseridos em uma comunidade maior de pessoas não alcançadas. Os surdos, por exemplo, se enquadram nesta categoria; já que a comunidade "ouvinte" ao redor pode ter acesso ao Evangelho, mas não há Bíblias na língua de sinais local.
2. São cercados pela religião: Da mesma forma, alguns grupos de pessoas permanecem não alcançados porque estão "isolados" pela religião da comunidade. "Eles estão tão isolados em sua experiência religiosa que se contentam com ela, mas não conhecem a verdade do Evangelho", diz Newell sobre grupos como muçulmanos, hindus e budistas.
3. São difíceis de alcançar: Esses grupos de pessoas permanecem não alcançados devido ao ou geopolítico. Em alguns países, "o Evangelho não pode nem mesmo ser mencionado", diz Newell. "Estamos falando de lugares como Iêmen, Arábia Saudita, Coreia do Norte, Afeganistão".
Janela 10/40
A maior parte deste grupo está localizada no que é chamado de Janela 10/40, que inclui a maioria dos muçulmanos, hindus e budistas do mundo, especialmente no norte da África, Oriente Médio e Ásia. Estas são também as áreas mais populosas do mundo, segundo a ONU.
Estima-se que 5,27 bilhões de pessoas habitem na Janela 10/40, divididas em aproximadamente 8.868 grupos distintos.
O continente menos alcançado pelo Evangelho é a Ásia, de acordo com o Joshua Project. Em especial, os países do Sul Asiático, como Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka.
Em seguida vem o Sudeste Asiático, que compreende Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia, Timor-Leste, Vietnã e Indonésia.
Campanha "Um terço de nós"
Todos os anos, a Aliança Pelos Não Alcançados lança a campanha "A Third of Us" ("Um Terço de Nós", em português) para divulgar a causa e conscientizar mais cristãos ao redor do mundo, no Dia Internacional dos Povos Não Alcançados.
Igrejas e famílias podem participar da campanha. O site da "A Third of Us" disponibiliza diversos materiais educativos sobre os não alcançados e sobre maneiras de contribuir na Grande Comissão.
A campanha também promove o Desafio de Oração 1:11, onde cristãos de todo mundo vão se reunir às 13h11 no domingo, para orar pelas pessoas não alcançadas.
Os 50 países em que é mais difícil ser cristão em 2021
O Sudão finalmente saiu dessa lista dos 10 piores países em termos de perseguição, na qual a Índia permanece, enquanto Moçambique e República Democrática do Congo somam-se à Lista Mundial da Perseguição 2021, elaborada pela missão Portas Abertas.
13/JANEIRO/2021 01:00
Todos os dias, 13 cristãos no mundo todo são mortos por causa de sua fé.
Todos os dias, 12 templos ou edifícios cristãos são atacados.
E todos os dias, 12 cristãos são injustamente detidos ou presos, e outros 5 são sequestrados.
É o que relata a Lista Mundial da Perseguição 2021, o último relatório anual da missão Portas Abertas sobre os 50 principais países em que os cristãos são mais perseguidos por seguir a Jesus.
"Você pode pensar que a lista é toda sobre opressão. ... Mas a lista tem tudo a ver com resiliência", afirmou David Curry, presidente e CEO da Portas Abertas USA, ao apresentar o relatório divulgado hoje.
"O número de pessoas do povo de Deus que está sofrendo deveria significar que a Igreja está morrendo — que os cristãos estão se calando, perdendo a fé e se afastando uns dos outros", afirmou.
"Mas não é isso que está acontecendo.
Em vez disso, em cores nítidas, vemos as palavras de Deus registradas no profeta Isaías: 'Abrirei um caminho no deserto e rios no deserto (Isaías 43.19, ESV)".
As nações listadas somam 309 milhões de cristãos que vivem em lugares com níveis de perseguição muito altos ou extremos, acima dos 260 milhões da lista do ano passado.
A esses países poderiam ser acrescentados outros 31 milhões de cristãos dos 24 países que vêm logo após os 50 primeiros — como Cuba, Sri Lanka e os Emirados Árabes Unidos — [contribuindo] para a proporção de 1 em cada 8 cristãos em todo o mundo que enfrentam perseguição.
Isso inclui 1 em cada 6 cristãos na África e 2 em cada 5 na Ásia.
No ano passado, 45 países tiveram uma classificação suficientemente alta para pontuar níveis de perseguição "muito altos" na matriz de 84 questões da missão Portas Abertas.
Este ano, pela primeira vez em 29 anos de acompanhamento, todos os 50 países atingiram essa pontuação — assim como o fizeram mais 4 outras nações, que por pouco ficaram de fora dessa lista das 50 primeiras.
A missão Portas abertas identificou três tendências principais que impulsionaram o aumento do ano passado:
- "A COVID-19 agiu como um catalisador para a perseguição religiosa por meio de discriminação, conversão forçada e como justificativa para aumentar a vigilância e a censura."
- "Ataques extremistas se espalharam oportunisticamente por toda a África Subsaariana, da Nigéria e Camarões a Burkina Faso, Mali e além."
- "Os sistemas de censura chineses continuam a se propagar e se espalhar para estados emergentes de vigilância".
A Portas Abertas têm monitorado a perseguição aos cristãos em todo o mundo desde 1992. A Coreia do Norte ocupa o primeiro lugar há quase 20 anos, desde 2002, quando a lista mundial da perseguição começou a ser feita.
A lista de 2021 rastreia o período de 1º de novembro de 2019 a 31 de outubro de 2020, e foi compilada a partir de relatórios de campo de funcionários da missão Portas Abertas em mais de 60 países.
"Não estamos conversando apenas com líderes religiosos", disse Curry, no lançamento da lista deste ano, transmitido ao vivo via streaming. "Estamos ouvindo em primeira mão aqueles que estão sendo perseguidos, e registrando apenas o que podemos documentar."
O objetivo desses rankings anuais da Lista Mundial da Perseguição — que relatam como a Coreia do Norte agora enfrenta concorrência, à medida que a perseguição fica cada vez pior — é servir de orientação para orações e buscar uma forma de ira mais eficaz, ao mesmo tempo em que mostra aos cristãos perseguidos que eles não foram esquecidos.
Onde os cristãos são mais perseguidos hoje?Este ano, os 10 países que figuram como os piores perseguidores de cristãos permaneceram relativamente inalterados.
Depois da Coreia do Norte vem o Afeganistão, seguido pela Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Iêmen, Irã, Nigéria e Índia.
A Nigéria entrou nessa lista dos 10 países que figuram como os piores perseguidores de cristãos pela primeira vez, após atingir o nível mais alto na métrica da missão Portas Abertas para violência.
A nação, que tem a maior população cristã da África, ocupa a 9ª posição geral no ranking, mas no quesito violência está na 2ª posição, ficando atrás apenas do Paquistão, e ocupa a 1ª posição no quesito número de cristãos mortos por razões relacionadas à sua fé.
Onde é mais difícil seguir a Jesus:
1. Coreia do Norte
2. Afeganistão
3. Somália
4. Líbia
5. Paquistão
6. Eritreia
7. Iêmen
8. Irã
9. Nigéria
10. ÍndiaO Sudão saiu desse grupo dos 10 piores países pela primeira vez em seis anos, após abolir a pena de morte por apostasia e garantir — ao menos no papel — liberdade religiosa em sua nova constituição, após três décadas de vigor da lei islâmica.
(Esta mudança, ocorrida em dezembro entre os 10 países que figuram como os piores perseguidores de cristãos, repercute a decisão do Departamento de Estado dos EUA de adicionar a Nigéria e remover o Sudão de sua lista de países de preocupação particular, a qual aponta e envergonha governos que "se envolveram ou toleraram violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa.")
A Índia permanece entre os 10 piores países pelo terceiro ano consecutivo, pois "continua a ver um aumento na violência contra as minorias religiosas devido ao extremismo hindu sancionado pelo governo".
Enquanto isso, a China se juntou ao grupo dos 20 piores países perseguidores pela primeira vez em uma década, devido à "vigilância e censura contínuas e crescentes de cristãos e de outras minorias religiosas".
Dos 50 países que figuram como os piores perseguidores de cristãos:
- 12 têm níveis "extremos" de perseguição e 38 têm níveis "muito altos". Outras 4 nações, além das 50 primeiras, também se enquadraram como tendo níveis de perseguição "muito altos": Cuba, Sri Lanka, Emirados Árabes Unidos e Níger.
- 19 estão na África (sendo 6 deles no Norte da África); 14 estão na Ásia; 10 estão no Oriente Médio; 5 estão na Ásia Central e 2 estão na América Latina.
- 34 têm o islamismo como religião principal; 4 têm o budismo; 2 têm o hinduísmo; 1 segue o ateísmo; 1 segue o agnosticismo — e 10 têm como religião principal o cristianismo.
A lista de 2021 acrescentou quatro novos países: México (37º lugar), República Democrática do Congo (40º lugar), Moçambique (45º lugar), e Comores (50º lugar).
Moçambique subiu 21 posições (deixando o 66º lugar) "devido à violência extremista islâmica na província do norte de Cabo Delgado."
A República Democrática do Congo subiu 17 posições (deixando o 57º lugar) "principalmente devido a ataques a cristãos pelo grupo islâmico Forças Democráticas Aliadas (ADF)."
Onde os cristãos enfrentam mais violência:
1. Paquistão
2. Nigéria
3. República Democrática do Congo
4. Moçambique
5. Camarões
6. República Centro-Africana
7. Índia
8. Mali
9. Sudão do Sul
10. Etiópia
Período do relatório da missão Portas abertas: de novembro de 2019 a outubro de 2020O México subiu 15 pontos (deixando o 52º lugar) devido ao aumento da violência e da discriminação contra cristãos por parte de traficantes de drogas, gangues e comunidades indígenas.
Quatro países saíram da lista: Sri Lanka (anteriormente no 30º lugar), Rússia (anteriormente no 46º lugar), Emirados Árabes Unidos (anteriormente no 47º lugar) e Níger (anteriormente no 50º lugar).
Outras grandes mudanças na classificação: a Colômbia subiu 11 posições, passando do 41º para o 30º lugar, devido à violência de guerrilheiros, grupos criminosos e comunidades indígenas, bem como pela crescente intolerância secular.
A Turquia subiu 11 posições, passando do 36º para o 25º lugar, devido a um aumento da violência contra cristãos.
E Bangladesh subiu sete posições, passando do 38º para o 31º lugar, devido a ataques a convertidos cristãos entre seus refugiados Rohingya.
No entanto, outros tipos de perseguição podem superar a violência [conforme explicado abaixo].
Por exemplo, a República Centro-Africana caiu 10 posições, passando do 25º para o 35º lugar, embora a violência contra os cristãos continue extrema.
E o Quênia caiu 6 posições, passando do 43º para o 49º lugar, embora os ataques lá "tenham aumentado significativamente".
Enquanto isso, o Sudão do Sul está entre os 10 países mais violentos, segundo acompanhamento da missão Portas Abertas (ocupando o 9º lugar), mas, ainda assim, não está entre os 50 piores países da Lista Mundial da Perseguição (pois ocupa o 69º lugar).
No 25º aniversário da lista, em 2017, a missão Portas Abertas divulgou uma análise das tendências de perseguição ao longo dos últimos 25 anos.
As 10 principais nações, nesse período de 25 anos, foram: Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irã, Somália, Afeganistão, Maldivas, Iêmen, Sudão, Vietnã e China.
Cinco países aparecem na lista dos 25 anos e na lista dos 10 piores países de 2021 — um sinal preocupante da estabilidade da perseguição, como observou a missão Portas Abertas.
Como os cristãos são perseguidos nesses países?A missão Portas Abertas rastreia a perseguição sob seis categorias — incluindo pressão social e governamental sobre indivíduos, famílias e congregações — e tem um foco especial nas mulheres.
Mas quando se isola a violência como uma categoria, os dez principais países perseguidores mudam dramaticamente — apenas Paquistão, Nigéria e Índia permanecem. Na verdade, hoje, há 20 países em que morrem mais cristãos do que na Coreia do Norte.
Os martírios registrados em todo o mundo aumentaram para 4.761 no relatório de 2021, 60% a mais do que os 2.983 registrados no ano anterior, e superando as 4.305 mortes observadas no relatório de 2019. (A Portas Abertas é conhecida por favorecer uma estimativa mais conservadora do que outros grupos, que geralmente contabilizam 100 mil martírios por ano.)
Onde os cristãos mais foram martirizados:
1. Nigéria: 3.530
2. República Democrática do Congo: 460
3. Paquistão: 307
4. Moçambique: 100*
5. Camarões: 53
6. Burkina Faso: 38
7. [nome ocultado]: 36
8. República Centro-Africana: 35
9. Mali: 33
10. [nome ocultado]: 20
*Período do relatório da missão Portas abertas: de novembro de 2019 a outubro de 2020Nove em cada 10 cristãos mortos por causa de sua fé estavam na África, e o restante, na Ásia. A Nigéria assumiu o primeiro lugar no mundo, com 3.530 mártires confirmados pela missão Portas Abertas, em sua lista de 2021.
O rapto de cristãos subiu para 1.710, um aumento de 63 por cento ante os 1.052 registrados no ano anterior, a primeira vez que essa categoria foi rastreada por Portas Abertas. A Nigéria lidera a lista, com 990 raptos.
O Paquistão ficou com o primeiro lugar no mundo em número de casamentos forçados, uma nova categoria rastreada no ano passado, sendo que cerca de 1 mil cristãos casaram-se contra sua vontade com não-cristãos. A Ásia respondeu por 72 por cento dos casamentos forçados registrados pela Portas Abertas, e a África — liderada pela Nigéria —, pelos 28 por cento restantes.
A China é o principal violador nas outras duas categorias, previamente já monitoradas por Portas Abertas.
Onde as igrejas foram mais atacadas ou fechadas:
1. China: 3.038
2. Nigéria: 270
3. Angola 100*
4. República Democrática do Congo: 100*
5. Etiópia: 100*
6. Ruanda: 100*
7. Bangladesh: 90
8. Índia: 76
9. Paquistão: 68
10. México: 61
*Período do relatório da missão Portas abertas: de novembro de 2019 a outubro de 2020A China prendeu, encarcerou ou deteve sem julgamento 1.147 cristãos por motivos relacionados à fé, de um total de 4.277 em todo o mundo. Essa estimativa, feita pela missão Portas Abertas, ultrapassou os 3.711 do ano passado e os 3.150 em 2019.
Enquanto isso, ataques e fechamento forçado de igrejas totalizaram 4.488 em todo o mundo, tendo sido a grande maioria registrada na China, seguida pela Nigéria. No relatório do ano passado, a estimativa disparou de 1.847 para 9.488, sendo que a China respondeu sozinha por 5.576.
A missão Portas Abertas advertiu que, em vários países, as violações acima são muito difíceis de serem documentadas com precisão. Nestes casos, são apresentados números aproximados, mas sempre tendendo para estimativas conservadoras.
Por que os cristãos são perseguidos nesses países?A motivação principal varia de acordo com o país, e entender melhor essas diferenças pode ajudar cristãos de outros países a orarem e defenderem com mais eficácia seus irmãos e irmãs em Cristo que são vítimas de perseguição.
Por exemplo, embora o Afeganistão seja o segundo pior perseguidor do mundo e uma nação oficialmente muçulmana, o principal motivo de perseguição lá — de acordo com a pesquisa da Portas Abertas — não é o extremismo islâmico, mas o antagonismo étnico, ou o que o relatório chama de "opressão do clã".
Portas abertas categoriza as fontes primárias de perseguição a cristãos em oito grupos:
Opressão islâmica (29 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em mais da metade dos países monitorados, incluindo 5 dos 12 onde os cristãos enfrentam níveis "extremos" de perseguição: Líbia (Nº 4), Paquistão (Nº 5), Iêmen (Nº 7), Irã (Nº 8), e Síria (Nº 12). A maioria dos 30 são nações oficialmente muçulmanas ou de maioria muçulmana; no entanto, 7 delas na verdade são de maioria cristã: Nigéria (Nº 9), República Centro-Africana (Nº 35), Etiópia (Nº 36), República Democrática do Congo (Nº 40), Camarões (Nº 42), Moçambique (Nº 45) e Quênia (Nº 49).
Opressão do clã (6 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em países como Afeganistão (Nº 2), Somália (Nº 3), Laos (Nº 22), Catar (Nº 29), Nepal (Nº 34), e Omã (Nº 44).
Paranoia ditatorial (5 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em cinco países, principalmente nos da Ásia Central e de maioria muçulmana: Uzbequistão (Nº 21), Turcomenistão (Nº 23), Tajiquistão (Nº 33), Brunei (Nº 39), e Cazaquistão (Nº 41).
Nacionalismo religioso (3 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em três nações asiáticas. Os cristãos são principalmente visados por nacionalistas hindus na Índia (Nº 10), e por nacionalistas budistas em Mianmar (Nº 18) e Butão (Nº 43).
Opressão comunista e pós-comunista (3 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em três países, todos na Ásia: Coreia do Norte (Nº 1), China (Nº 17) e Vietnã (Nº 19).
Protecionismo denominacional cristão (2 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam na Eritreia (Nº 6) e Etiópia (Nº 36).
Corrupção e crime organizado (2 país): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam no Colômbia (Nº 30) e México (Nº 37).
Intolerância secular (0 países): A Portas Abertas rastreia essa fonte de perseguição enfrentada pelos cristãos, mas ela não é a principal fonte em nenhum dos 50 países estudados.
Quais são as principais tendências na perseguição a cristãos?Portas Abertas identificou quatro tendências, novas ou contínuas, relativas a por que e como os cristãos foram perseguidos por sua fé no ano que passou.
Em primeiro lugar, a pandemia propiciou uma nova via para a perseguição, uma vez que a missão Portas Abertas documentou discriminação contra cristãos que recebiam ajuda por causa da COVID-19 em países como Etiópia, Malásia, Nigéria, Vietnã e Oriente Médio.
Na Índia, onde mais de 100 mil cristãos receberam ajuda de parceiros da missão Portas Abertas, 80 por cento destes relataram ter sido anteriormente "mandados embora de pontos de distribuição de alimentos. Alguns caminharam quilômetros e esconderam sua identidade cristã para conseguir comida em outros locais", observaram os pesquisadores. A missão Portas Abertas também coletou relatos de "Cristãos que vivem em áreas rurais, a quem foi negado socorro", em locais como Mianmar, Nepal, Vietnã, Bangladesh, Paquistão, Ásia Central, Malásia, Norte da África, Iêmen e Sudão. "Às vezes, essa negativa de ajuda partiu de oficiais do governo, mas, com mais frequência, partiu de chefes de aldeia, comitês ou outros líderes locais."
Portas abertas observou:
"A pandemia global tornou a perseguição mais óbvia do que nunca — simplesmente porque muitas pessoas precisaram de ajuda. A clara discriminação e opressão sofrida por cristãos em 2020 não deve ser esquecida, mesmo depois que a crise da COVID-19 desaparecer de nossa memória coletiva."
Os lockdowns nos serviços de saúde pública também aumentaram a vulnerabilidade de muitos crentes. "Os cristãos que abandonam a fé da maioria para seguir a Cristo sabem que correm o risco de perder todo o apoio do cônjuge, das famílias, das tribos e comunidades, bem como das autoridades locais e nacionais", observaram os pesquisadores. "Se eles perderem renda, por causa da COVID-19, não podem recorrer às redes de apoio habituais para sobreviver." Enquanto isso, líderes religiosos, do Egito à América Latina, disseram à missão Portas Abertas que a proibição dos cultos religiosos fez com que as doações caíssem em cerca de 40 por cento, reduzindo sua renda pessoal e a capacidade de suas congregações de oferecer assistência à comunidade em geral.
Portas abertas observou que:
"A maior parte dos que se converteram, vindos de religiões majoritárias, disseram que o confinamento devido à quarentena da COVID-19 os fez ficarem em isolamento social com aqueles que são mais antagônicos à sua fé em Jesus. Isso afetou especialmente mulheres e crianças pertencentes às minorias. Para milhões de cristãos, o trabalho, a educação e outros interesses externos proporcionam breves períodos de tranquilidade em face da constante perseguição. Então, quando os lockdowns ocorreram, isso significou que essa trégua não estaria mais disponível."
"Também recebemos relatos de que o sequestro, a conversão forçada e o casamento forçado de mulheres e meninas aumentaram durante a pandemia, devido ao aumento da vulnerabilidade. Além disso, na América Latina, locais vulneráveis às gangues de drogas tornaram-se ainda mais perigosos para os cristãos, uma vez que a pandemia diminuiu a presença de autoridades que tentam manter a ordem".
Em segundo lugar, o aumento da vigilância digital e por vídeo de grupos religiosos, bem como as melhorias e a proliferação das tecnologias de vigilância foram outra tendência importante.
"A China afirma que se moveu assertivamente para conter a COVID-19 depois que o vírus proliferou em Wuhan", observaram os pesquisadores da missão Portas Abertas. "Mas, para seus 97 milhões de cristãos, o custo de pesadas restrições — como a vigilância que alcançou suas casas, o rastreamento das interações online e offline e o fato de terem seus rostos digitalizados em banco de dados de segurança pública — é alto."
De acordo com o relatório:
"Relatórios de condados nas províncias de Henan e Jiangxi dizem que câmeras com software de reconhecimento facial estão agora em todos os locais religiosos aprovados pelo Estado. Muitas dessas câmeras foram instaladas próximas a câmeras de segurança padrão, mas elas se conectam ao Departamento de Segurança Pública, o que significa que a inteligência artificial pode se conectar instantaneamente a outros bancos de dados do governo. O software de reconhecimento facial está vinculado ao 'Sistema de Crédito Social' na China, que monitora a lealdade dos cidadãos em relação aos princípios do comunismo."
Da mesma forma, na Índia, os pesquisadores da Portas Abertas observaram que "as minorias religiosas temem que os aplicativos de rastreamento de contato tenham 'função creeping' e sejam usados para ficar de olho neles e em suas movimentações".
Terceiro, a tendência de "cidadania ligada à fé" continuou a se espalhar. "Em países como Índia e Turquia, a identidade religiosa está cada vez mais ligada à identidade nacional — ou seja, para ser um 'verdadeiro' indiano ou um bom turco, você deve ser hindu ou muçulmano, respectivamente", observaram os pesquisadores. "Isso é muitas vezes implicitamente — senão explicitamente — incentivado pelo governo."
Portas abertas observou:
"Em meio a uma onda de nacionalismo hindu, os cristãos indianos são constantemente pressionados por uma propaganda estridente. A mensagem "para ser indiano, você deve ser hindu" significa que multidões continuam a atacar e a perseguir cristãos, bem como muçulmanos. A crença de que cristãos não são verdadeiramente indianos significa discriminação generalizada, e muitas vezes a perseguição é conduzida com impunidade. A Índia também continua a bloquear o fluxo de fundos estrangeiros para muitos hospitais, escolas e organizações religiosas administradas por cristãos, tudo sob o pretexto de proteger a identidade nacional."
"Na Turquia, o governo também assumiu o papel de protetor nacionalista do Islã. A Hagia Sophia foi originalmente uma catedral e depois uma mesquita, até que a Turquia secular decidiu que deveria ser um museu. Mas, em julho de 2020, o presidente turco convenceu um tribunal a transformá-la novamente em mesquita, fortalecendo o nacionalismo turco. … A influência turca e os objetivos nacionalistas se espalham além de suas fronteiras, principalmente em seu apoio ao Azerbaijão no conflito com a Armênia."
Quarto, os ataques, em sua maioria promovidos por extremistas muçulmanos, aumentaram apesar dos lockdowns para conter o coronavírus. "Em grande parte do mundo, a violência contra cristãos realmente diminuiu durante a pandemia da COVID-19", observaram os pesquisadores, mas os cristãos na África subsaariana "enfrentaram níveis de violência até 30 por cento mais altos do que no ano passado."
Portas abertas observou que:
"Várias centenas de aldeias, sobretudo cristãs, na Nigéria foram ocupadas ou saqueadas por pastores militantes muçulmanos Hausa-Fulani armados; em alguns casos, campos e plantações também foram destruídos." Boko Haram — e seu grupo dissidente, o Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês), um afiliado do EI — continuam a atormentar a Nigéria e o extremo norte de Camarões."
"Na região do Sahel, imediatamente ao sul do Deserto do Saara, o extremismo islâmico é alimentado pela injustiça e pela pobreza. Esses grupos extremistas exploram falhas de governos frágeis, e jihadistas armados espalham propaganda, incentivam o recrutamento e conduzem ataques regulares. Este ano, alguns grupos se comprometeram a travar guerra contra 'infiéis' como os cristãos — eles afirmam que 'Alá pune a todos' com a pandemia por causa dos infiéis".
"Em Burkina Faso, país até recentemente conhecido pela harmonia inter-religiosa entre muçulmanos e cristãos, 1 milhão de pessoas — 1 em cada 20 da população — foram deslocadas (e milhões mais passam fome) como resultado da seca, bem como da violência. No ano passado, Burkina Faso entrou dramaticamente na [LMP] pela primeira vez. Este ano, extremistas islâmicos continuam a visar igrejas (14 mortos em um ataque, 24 em outro)."
"Na região do Sahel, imediatamente ao sul do Deserto do Saara, o extremismo islâmico é alimentado pela injustiça e pela pobreza. Esses grupos extremistas exploram falhas de governos frágeis, e jihadistas armados espalham propaganda, incentivam o recrutamento e conduzem ataques regulares. Este ano, alguns grupos se comprometeram a travar guerra contra 'infiéis' como os cristãos — eles afirmam que 'Alá pune a todos' com a pandemia por causa dos infiéis".
"Em Burkina Faso, país até recentemente conhecido pela harmonia inter-religiosa entre muçulmanos e cristãos, 1 milhão de pessoas — 1 em cada 20 da população — foram deslocadas (e milhões mais passam fome) como resultado da seca, bem como da violência. No ano passado, Burkina Faso entrou dramaticamente na [LMP] pela primeira vez. Este ano, extremistas islâmicos continuam a visar igrejas (14 mortos em um ataque, 24 em outro)."
Como a LMP se compara a outros relatórios importantes sobre a perseguição religiosa?A missão Portas Abertas acredita que é razoável chamar o cristianismo de religião mais severamente perseguida do mundo. Ao mesmo tempo, destaca que não há uma documentação comparável para a população muçulmana mundial.
Outras avaliações da liberdade religiosa em todo o mundo corroboram muitas das descobertas da Portas Abertas. Por exemplo, a última análise do Pew Research Center sobre as hostilidades governamentais e sociais contra a religião revelou que os cristãos foram perseguidos em 145 países em 2018, mais do que qualquer outro grupo religioso. Muçulmanos foram perseguidos em 139 países, seguidos por judeus em 88 países.
Quando se examina apenas a hostilidade por parte dos governos, os muçulmanos foram perseguidos em 126 países e os cristãos em 124 países, de acordo com o Pew Research Center. Quando se examina apenas a hostilidade dentro da sociedade, os cristãos foram perseguidos em 104 países e muçulmanos em 103 países.
Todas as nações do mundo são monitoradas por pesquisadores e equipe de campo da missão Portas Abertas, mas eles dão atenção mais profunda a 100 nações e foco especial nas 74 que registram níveis "altos" de perseguição (com pontuações acima de 40 em uma escala de 100 pontos, utilizada pela missão Portas Abertas).
Falando durante o evento de lançamento, Sam Brownback, embaixador-geral dos Estados Unidos para a liberdade religiosa internacional, elogiou a Lista Mundial da Perseguição. "Chegará o dia em que as pessoas poderão praticar sua fé livremente, e os governos protegerão esse direito", disse ele. "Este dia está se aproximando e a missão Portas Abertas ajuda nesse esforço."
Os 50 países em que é mais difícil ser cristão em 2022O relatório mais recente sobre a perseguição a cristãos afirma que a Nigéria tem 4 em cada 5 mártires, a China tem 3 em cada 5 ataques a igrejas e o Afeganistão, agora, está pior do que a Coreia do Norte.JAYSON CASPERClassificação a Lista Mundial da Perseguição 2021:
Classificação
País
1-Coreia do Norte
2-Afeganistão
3-Somália
4-Líbia
5-Paquistão
6-Eritreia
7-Iêmen
8-Irã
9-Nigéria
10-Índia
11-Iraque
12-Síria
13-Sudão14Arábia Saudita
15-Maldivas
16-Egito
17-China
18-Mianmar
19-Vietnã
20-Mauritânia
21-Uzbequistão
22-Laos
23-Turcomenistão
24-Argélia
25-Turquia
26-Tunísia
27-Marrocos
28Mali
29-Catar
30-Colômbia
31-Bangladesh
32-Burkina Faso
33-Tajiquistão
34-Nepal
35-República Centro-Africana
36-Etiópia
37-México
38-Jordânia
39-Brunei
40-República Democrática do Congo
41-Cazaquistão
42-Camarões
43-Butão
44-Omã
45-Moçambique
46-Malásia
47-Indonésia
48-Kuwait
49-Quênia
50-Comores
Só 3% dos missionários atuam entre grupos 'não alcançados', aponta relatório
A maioria dos não alcançados estão em locais de difícil acesso ou onde há perseguição religiosa.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POSTATUALIZADO: SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2022 ÀS 13:08
Quase todos os brasileiros já tiveram contato com o Evangelho, em um País onde 86% se identificam como cristãos. Mas em muitas partes do mundo, há pessoas que nunca foram à igreja, leram a Bíblia ou até mesmo ouviram falar de Jesus.
Os grupos de pessoas considerados "menos alcançados" somam mais de 3 bilhões, segundo a organização Joshua Project, que atua no alcance maior do evangelismo global.
Dentre os 3 bilhões, cerca de 7.000 grupos de pessoas são categorizados como "não alcançados", o que significa que menos de 2% se identificam como evangélicos e menos de 5% se identificam como cristãos.
Muitos pesquisadores de missões descrevem um grupo de pessoas não alcançadas usando uma porcentagem — são "não alcançados" se houver menos de 2% de evangélicos entre eles.
Isso pode compreender quase 42% da população mundial, segundo o East-West, um ministério de evangelismo global.
Por que ainda há pessoas não alcançadas?
Vários fatores estão por trás do motivo pelo qual esses grupos não foram alcançados pelo Evangelho, entre eles, as barreiras físicas, políticas e culturais.
Muitos desses grupos de pessoas vivem em locais de difícil acesso para os evangelistas, especialmente na Ásia, Oriente Médio e norte da África.
Além das barreiras físicas, os missionários enfrentam dificuldades culturais e políticas — incluindo a perseguição religiosa em nações hostis. A maioria dos grupos não alcançados vivem em países dominados pelo Islamismo e Hinduísmo, ou culturas que condenam a conversão ao cristianismo.
Isso explica um dos principais desafios do campo missionário: dos 400.000 missionários enviados em todo o mundo, apenas 3,3% estão focados nos povos não alcançados, de acordo com dados da The Traveling Team, citados pela East-West.
Vencendo as barreiras do campo missionário
John Maisel, fundador da East-West, acredita que o Reino de Deus avança quando cristãos assume, riscos pelo Evangelho. "O maior deleite de Deus é quando Seus filhos escolhem, pela fé, sair da segurança do barco para encontrá-Lo e seguir Sua liderança", escreveu no site da missão.
E destacou: "Me mostre um cristão sem paixão por aqueles ao seu redor que estão fora de Cristo, e eu te mostro um cristão sem visão que está na zona de conforto".
No início deste ano, o pastor americano David Platt também chamou a atenção para a necessidade de preparar missionários, ao citar os mais de 3 bilhões de "não alcançados" em todo o mundo.
"As pessoas estão tão perdidas em Kentucky (EUA) e nos lugares onde a maioria de nós mora quanto no Iêmen", disse Platt. "A diferença é que existem igrejas em Kentucky e em todos os lugares onde a maioria de nós vive. Igrejas que pregam o Evangelho".